quinta-feira, 3 de abril de 2014

Safra brasileira de café deve ficar na casa das 40 mi de sacas

Nilson Júnior Moreira

Apesar das quedas nos principais contratos do café arábica na Bolsa de Nova Iorque, o mercado internacional começa a dar sinais de que está enxergando uma perda séria para a produção brasileira de café. 

A consultoria norte-americana J. Ganes Consulting, presidida pela analista de commodities Judith Ganes-Chase, informou, em seu relatório semanal que a situação nos cafezais já se agravou muito nas últimas semanas e as perdas nas áreas mais atingidas pela seca e pelo calor poderão chegar a 40%.

“Representantes da indústria afirmam que o mercado terá que ‘esperar’ o início da colheita para descobrir o tamanho do estrago causado pela seca. Porém, este tempo é uma ‘eternidade’ para que o mercado fique neste purgatório”, informou.

Ainda de acordo com o relatório, não deve levar muito tempo para que a situação se defina. "O café está amadurecendo precocemente e a dimensão dos danos já está ficando clara”.

Não há registro de uma seca desta magnitude no país nos últimas cinco décadas e o mercado não tem informações suficientes para saber como será a reação da safra deste ano. Segundo o relatório, negociadores buscam informações de produtores de outros países que passaram por uma situação similar. 

Visitas foram realizadas aos cafezais brasileiros por pelo menos quatro semanas, quando ainda era muito cedo para concluir o diagnóstico da situação. "As árvores ainda não mostravam os dados claramente" disse o relatório. 

"Março também não teve chuvas suficientes, o que agravou o problema. No entanto, esta percepção ainda não atingiu o mercado. Ainda vivemos uma batalha entre compradores e vendedores nas últimas semanas, diante da incerteza sobre os dados causados para as safras deste e do próximo ano".

Dados para a matéria: www.noticiasagricolas.com.br 


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